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terça-feira, 16 de abril de 2013

Uma história sem nome

Geeeeente feliz, sabem que dia é hoje? Não é véspera de prova <3 Nem dia de prova <3 Isso faz com que a cabeluda se sinta feliz. Falando nessa personagem real, sabiam que ela também escreve crônicas? Éééé... Na verdade não sei se são crônicas ou contos, tem uma linha tênue entre eles... mas não importa. Num dia de tédio, (a internet estava uma merda) ela resolveu escrever um conto. Que ficou esquecido na pasta de Documentos até_agora. E ela fez rapidinho. Quando você escreve alguma coisa sem pressão, flui melhor (fluir é uma palavra engraçada quando se fala paracoisas abstratas). É até divertido.





Então, ela resolveu publicar ele. Ela não colocou nome nem nada. "Crônica1.rtf". Se ficou bom ou não, quem decide não sou eu. Mas ta aí embaixo pra você julgar ler ele.


"Tem certeza, dona?

O homem ao seu lado ainda receava em apertar o botão para iniciar. Ele tentara fazê-la desistir várias vezes, mas fora em vão.

- Sim. Pode colocar.

Ele quicava inquieto seu dedo. Seu olhar apreensivo e o suor gotejando de sua testa transpareciam seu nervoso.

- Olha, eu não sei se você entendeu direito como seu marido foi achado, mas...

- Inspetor Jeffer - disse a mulher, enquanto tirava seus caros óculos, cor de laranja - eu conheço as circustâncias sob as quais meu esposo foi encontrado. Por favor, coloque o vídeo.
O homem fez um barulho irritante com a boca mostrando que não queria fazer aquilo, mas deu play no vídeo. O pequeno monitor do computador da delegacia agora mostrava uma gravação do interior de uma loja. Uma floricultura. Estava em preto e branco, mas era possível reconhecer as flores. Pelo menos ela reconhecia. Nas prateleiras, pendendo para fora, os mais belos arranjos possíveis. Uma atendente acenava para um cliente que acabava de sair. Mas a porta não se fechou. Um homem entrou. E ele estava de mãos dadas com uma mulher. O coração dela disparou. Era ele. Quem estava ao seu lado era uma mulher jovem, de cabelos curtos e claros, e ria de algo junto com ele. A mulher ela reconheceu, pelo corte de cabelo, era a ex-vizinha deles. Não era algo novo, ela sabia, com o tempo que passou fora, e com as fotos mandadas pelas amigas, ela já sabia fazia tempo. Mas fingia não saber. O casal se aproximou do balcão. A atendente lhe mostrou um lindo lírio num vaso. Eles começaram a rir mais. Uma piada entre eles, talvez, ela pensou. Então, de trás do lírio, a atendente tirou uma arma. De acordo com os policiais, era uma pistola calibre 22. Ela gritou alguma coisa. Eles recuaram. Então ela atirou nele.  A mulher sabia que isso no vídeo iria acontecer, mas mesmo assim deu um pulo para trás. Ele caiu para trás, e desabou no chão, sangrando muito no peito. Então foi aí que ele olhou. Ele não olhou para vizinha, ou para a atendente, foi para a câmera. Foi para ela. Aquele mesmo olhar de trinta anos atrás, quando ela machucou de bicicleta e ele foi ajudar. O mesmo olhar de quando souberam que o filho deles tinha quebrado o braço. O mesmo olhar de quando ele soube que ela iria morar em Paris. Então sua cabeça girou para o lado, no seu corpo sem vida. A atendente pegava a carteira dele enquanto a vizinha ligava para ajuda.  Nada fazia sentido. Tudo fazia sentido. Então o vídeo terminou.

- Olha dona, eu avisei pra você que não era pra...

- Eu sei - disse ela, se levantando enquanto recolocava os óculos - e eu deveria ter seguido seu conselho.

E foi se embora deixando um inspetor sentindo-se culpado."

Aí_está. Já vou encerrar por hoje:




Obs: Eu falei que não ia mais falar de mim na terceira pessoa. Mas tive uma recaída, desculpas.

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